O meu filho ontem num dos seus inúmeros momentos de inspiração (nomeadamente quando estou a adormece-lo) perguntou-me porque era tão má para ele...bem como devem imaginar caiu-me tudo aos pés. Como boa mãe tentei desmontar a questão, tendo ele respondido que eu era má porque ralhava, gritava e às vezes lhe batia.
Com toda a calma do mundo expliquei-lhe que isso acontecia somente porque ele se portava mal frequentemente e levava a sua teimosia ao extremo (isto dito por outras palavras). Perguntei-lhe se quando ele se portava bem eu também era má...depois de reflectir por um bocado respondeu que não, que ai eu era uma fixe. Acrescentei que nos maus momentos era normal que ficasse triste com ele e ralhasse e, blá blá blá.
Depois de um momentos de reflexão virou-se para mim e disse...mãe eu "compometo-me contigo a não potar mais mal".
Como boa criança que é, o comprometimento dele foi sol de pouca dura e para não variar hoje teve uma daquelas BIRRAS porque não queria cortar as unhas. Depois de muita pedagogia, castigos e afins o menino manteve-se firme e unhas cortadas está quieto.
Escusado será dizer que depois de toda esta guerra ficou quase a pão e água, com um ar tão desconsolado que até se me partiu o coração. Até chegou ao ponto de engolir o orgulho e pedir-me que lhe cortasse a malditas unhas com muito cuidadinho para não o magoar.
Não sei se vos acontece mas nestas alturas em que a minha energia se foi todinha dou por mim a pensar, será que agi correctamente? Terá valido a pena manter-me firme na minha ideia até ao fim? Será que não poderia ter tentado outras estratégias que fossem menos dolorosas para ele? Ou então isto de ser mãe é mesmo para mim?
Tantas dúvidas e questões e a verdade é que não consigo encontrar nenhuma resposta que satisfaça a minha angústia e que me oriente nesta coisa de educar um filho.
Eu sei que não há formulas correctas mas gostaria tanto que pelo menos houvesse formas menos dolorosas para ambos.
O melhor mesmo é reflectir em tudo isto e aprender com aquilo que tiver de aprender.
1 comentário:
Acho que as tuas dúvidas são comuns a todas as mães. Eles tem o dom de nos testar até ao limite e nós temos de ter muita paciência e contar muitas vezes até dez porque acaba sempre por passar. Ainda esta manhã tive de fazer algo que me desagradou, mas teve de ser porque desta vez a paciencia esgotou. Todos os dias é um filme para tomar o pequeno almoço, todos os dias ameaço que o deixo em casa e vai mais tarde com o pai, todos os dias chora porque quer ir com a mãe. Hoje foi o dia, depois de 45 minutos com uma caneca de leite á frente e nem metade tomado, virei costas e vim embora. Há pouco ligou o pai a dizer que chorou tanto que acabou por vomitar o pouco que tinha tomado. Terei agido correctamente, amanhã vejo.... Beijinho
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