"As Cinquenta Sombras de Grey"

Ler paralelamente a outros, será talvez um dos meus maiores prazeres, por isso não é de estranhar andar sempre com um livro atrás para onde quer que vá. A minha noite de sábado na urgência hospitalar não foi excepção, para não fugir à regra levei um livro para me entreter enquanto esperava, o escolhido foi "As Cinquenta Sombras de Gey", o livro do momento.

Começo por dizer que não descansei enquanto não o li todo, o que veio a acontecer na segunda-feira por volta da 1H00. Assumo desde já que passei a fazer parte dos milhões de leitores que aguardam ansiosamente pelo lançamento do segundo volume, em Outubro.

Compreendo agora o motivo de tanto falatório, positivo e negativo, sobre este livro, a história tem tanto de atractiva como de obscura, sim porque tratar o sexo nesta perspectiva não deixa de ser considerado ainda para muitos um tabu. A forma simples como está escrito (percebe-se que só podia ser uma mulher a descrever tão sensivelmente este tipo de pormenores) facilita a leitura.
Este tipo de romance de cinderela dos tempos modernos, com uma componente sado masoquista bem vincada vende e qual é o problema?
Quem não sonha com um príncipe encantado, mesmo tendo ele gostos sexuais um tanto ou quanto estranhos, e com uma cinderela que ainda acredita na força do amor para mudar quem ama?
Sublinhe-se que estou a falar em sonhar!
Não vejo qual é o problema disso.
Cada um é livre para sonhar com aquilo que bem quer e entender, claro que pondo a coisa no real, aí sim o caso muda de figura, mas cada um é como cada qual e o que se faz com a vida só ao próprio diz respeito.
Posto isso resta-me reafirmar que gostei imenso do livro, apesar de não ter lido nada que já não tenha lido antes, fez-me pensar em algumas coisas e repensar outras, principalmente serviu para me acompanhar e entreter em mais um dos meus momentos de leitura, e não é esse um dos objectivos da leitura?!