segunda-feira, 9 de julho de 2012

Não sou nada dada à politica e sinceramente estou-me nas tintas para as politiquices, para as guerras partidárias, para as ofensas deselegantes que os vários membros dos diferentes partidos dirigem uns aos outros,  acho mesmo que aqueles senhores que estão lá sentados no Parlamento devem ter um botão de on/off muito bem escondido, porque só assim é que consigo entender como aguentam ouvir tanta bacorada junta dias e dias seguidos.
Mas mesmo sendo uma outsider destas coisas não consegui ficar indiferente à questão da Licenciatura do Ministro Miguel Relvas. Quando a coisa estalou ignorei porque a história fez-me recordar uma mais antiga na era Sócrates e porque estou-me nas tintas para as politiquices das Licenciaturas. Depois dos meus olhos e ouvidos serem constantemente bombardeados com a história, decidi perceber o que se passava e, qual foi o meu espanto quando soube que o dito Ministro conseguiu equivalência a 30 ou 32 cadeiras simplesmente porque possuia competência ou currículo profissional para tal. 
Isto fez-me lembrar outra coisa, as Novas Oportunidades onde são certificadas pessoas pelas competências e experiência profissional,  resumindo isto para miúdos, num espaço de um ano qualquer formando pode facilmente concluir o secundário.
Depois desta sensação de déjà vú parece-me que o problema mesmo vai ser controlar a corrida aos lugares de ministro, secretário de estado e outros lugares semelhantes, porque desta forma ( que eu desconhecia por completo e contra qual nada tenho contra desde que a equivalência seja dada de forma razoável) vai ser super simples e rápido concluir um doutoramento.

1 comentário:

Nadinha de Importante disse...

O conceito das Novas Oportunidades não é mau, certificar as pessoas para terem curso secundário pela experiência profissional, o problema é que existem muitas pessoas que se aproveitam do sistema.
No caso do Relvas, o escândalo é maior, se o Sócrates tirou um curso ao domingo ( ele andou na Universidade), o Relvas teve equivalências e pagou 1000€ por um curso, só porque tinha amigos!!!
É um ultraje para todos os alunos de Universidades que tiveram que estudar, fazer sacríficios financeiros, para conseguirem ter um curso!!!
Este caso representa o "chico-espertismo" português..